quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Na aresta de um brinquedo poema de Alan André de Figueiredo,

Quer botar o mundo na boca
Pedaço a pedaço
Aprende a selecionar
O que vai e o que fica

Vai meu filho
Sentir o mundo por dentro
Nas arestas de um brinquedo
Encontra mais verdades que todos os filósofos

Se é que filósofos encontram verdades

Na atesta do brinquedo
Seus olhos enxergam por dentro
Enxergam aquilo que esquecemos de ver
Um pedaço saboroso desse mundo repleto de pedaços

Pedaços azuis e vermelhos
O sabor da dureza e do macio
O leve verdadeiro e na medida do pesado
Os cantos inalcançados da ideia que é a coisa em si

Vai meu filho
Minhas palavras perdem a cor
Você mastiga o brinquedo com muito mais certeza

Vai meu filho
Me ensina a ver um mundo diferente a cada dia


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